segunda-feira, 20 de junho de 2011

When It Started

Tenho me sentido mal nos últimos dias, e acho que preciso escrever sobre os Strokes, preciso me lembrar o significado que eles têm pra mim. Por mais que textos assim sejam super melosos e desnecessários, está sendo necessário hoje. Pois preciso me convencer de que eu devo sorrir cada vez que olhar pros ingressos que tenho em mãos, porque esperei tanto tento pra isso acontecer, então por favor, não julguem como egoísmo se eu tento aproveitar cada mínima empolgação que esses recentes acontecimentos vêm me proporcionando.

Hoje em dia todo mundo que aprecia música tem aquela banda querida. Gostamos de várias outras bandas, mas aquela é a que gostamos de acompanhar as novidades, que ficamos felizes quando alguém elogia e tomamos as dores quando falam mal. Ela tem aquelas músicas que te fazem chorar quando você está sensível e que são as únicas capazes de te fazer bem quando você sente que tudo ao seu redor está se despedaçando. No meu caso, essa banda foi especial porque foi a primeira banda que fez com que eu olhasse para mim mesma e percebesse quem eu queria realmente ser, a banda que desde a primeira vez que ouvi, pensei “hey, isso é bom, isso faz sentido pra mim.”

Na verdade, The Strokes foi uma das primeiras coisas a fazer sentido na minha vida. Não consigo me lembrar de algo que gostei antes deles por simplesmente ter gostado, sempre havia aquilo de “gosto porque acham bonitinho que eu goste; gosto porque é fácil gostar; gosto porque todo mundo gosta.” Fui inconscientemente agindo assim até a época em que descobri os Strokes – descobrimento ainda guiado pelas influências que as pessoas ao meu redor exerciam sobre mim, já que os descobri através da pseudo-obsessão que eu tinha pelo ator de Harry Potter, mas no fim das contas, foi assim que acabei me livrando dessa vida, vamos assim dizer, equivocada.

De 2005 até hoje, as minhas – e só minhas – escolhas me garantiram novos confortos, novas alegrias, novos amigos, novas tristezas, novas frustrações, novos sentimentos novos (redundante, mas é exatamente isso), e a maioria dessas escolhas tiveram influência direta daquela primeira, responsável por me fazer decidir me livrar dos equívocos e começar a ser a condutora efetiva da minha própria vida; eu decidi que queria tentar viver tendo sempre boas músicas comigo, músicas tão grandiosas que conseguem significar algo maior de que elas mesmas.

Sinto muito pelos que não entenderam o que eu quis dizer nos parágrafos anteriores (mas não os condeno, caso contrário estaria condenando meus próprios pais). Realmente não há nada explicado nas palavras acima, mas os sentimentos são assim: se tentarmos explicá-los mil vezes, iremos falhar vergonhosamente nas mil tentativas. Então contar os fatos como eles são é minha única ferramenta para tentar reproduzir esse sentimento nos outros, e o sentimento que tenho pelos Strokes, que é perfeitamente compreensível para mim, tenho certeza, é também compreendido por quem gosta de verdade de alguma banda, seja lá qual for o motivo, desde que seja.

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